segunda-feira, julho 21, 2008

Long Dong Silver

Navegando por este mundo virtual, achei assaz peculiar o assunto deste post: http://guardacontigo.blogspot.com/2008/07/pra-comear-semana.html
Por vezes eu escuto (algumas vezes, até de bocas femininas) a velha conversa de que o calibre da espingarda não importa ao bom atirador, ou que o tamanho da varinha não é proporcional ao poder do feitiço, ou até que muitas vezes é preferível um pequeno brincalhão a um grande bobão...
Acho que o assunto destas (e de tantas outras expressões genéricas sobre o tema) é muito mais do que uma simples besteira. É, na realidade, uma total perda de tempo.
Explico: Caso este fosse realmente um fator tão importante assim, ou tão crítico para a operacionalização da brincadeira em si, provavelmente a abordagem feminina em relação ao assunto seria um pouco diferente.
Neste caso, acredito que o diálogo entre os namoricos de bares ou casas noturnas, acabaria, invariavelmente, tocando neste assunto.
Imagino a coisa mais ou menos assim:

Ele, mais ousado, decide fazer a proposta, com um olhar de galanteio:
- Então, já que agora nos conhecemos bem, e vimos que temos tudo em comum, sei lá, podíamos curtir o resto da noite num lugar mais sossegado... Você pode até achar besteira, mas acho que é coisa do destino esse lance da coleção de selos, e dos pesadelos com gelatina de abacaxi. Nunca achei que encontraria uma pessoa assim, tão linda, e que, ainda por cima, gosta das mesmas coisas que eu. E você, o que acha?
Ela responde um pouco envergonhada:
- Bom... Também fiquei deslumbrada pelo fato de você gostar das mesmas coisas que eu. Quando eu conto sobre a minha coleção de selos, os homens tendem a se distanciar. Mas você não. Até o lance dos pesadelos com gelatina de abacaxi!! Que sarro! Como é que pode!?
Ele insiste:
- Então... O que acha de irmos pra um lugar mais sossegado, e aproveitarmos juntos essa noite linda e estrelada? Está cedo ainda, e esta noite promete, minha querida...
Ela, alisando a ponta dos cabelos com a mão, responde:
- Pois então. Acho que a idéia não é das piores. Mas é que tem uma coisa...
Ele, um pouco confuso, completa:
- Como assim? Que coisa? Desculpe perguntar, mas... Você está naqueles dias?
Ela tenta se explicar:
- Não, não... O problema não é comigo. É com você. Ou melhor... Não sei ainda, mas pode ser com você. Não tenho como saber.
Ele tenta ajudar, fazendo-se de machão:
- Comigo? Como assim? Bom... Se o problema era eu, acho que não temos problema nenhum, gata. Nasci preparado. Bom... Você vai me ligar amanhã, não vai? hehehehe
Ela emenda:
- Não! Não é isso! É que eu não sei como explicar... Putz... Como é complicado dizer isso. Vocês homens são muito sensíveis.
Ele, serenamente, sentencia:
- Pode falar o que quiser. Comigo não tem dessa, não. Sou desencanado. Pode se abrir, docinho!
Ela, aliviada, responde:
- Bom... Menos mal... É que eu queria saber sobre o tamanho, sabe. Pra não perder a viagem, sabe... Afinal de contas, a balada ta boa hoje, né? Mas se você não se importa, que bom. A pergunta é: Quais são as medidas?
Ele, titubeante, já suando frio e engolindo seco, diz:
- Tamanho? Bom... Hummm... Tamanho, é... Ah... Bom... Tenho um metro e oitenta, setenta e sete quilos...
Ela, achando que ele não havia entendido, retruca:
- Dãããããrr....Não o seu tamanho, né!! O tamanho dele, saca? Do seu amiguinho. Como disse, não pretendo sair daqui por qualquer mixaria. Como eu já disse, a noite ta muito boa e o lugar ta bombando...
Ele, já sem saber onde enfiar a cara, tenta consertar tudo:
- Hummmm... Me veio uma coisa agora na cabeça... Você tinha dito filatelia, né? Veja só... Tinha entendido filantropia! Quando você falou sobre os selos é que caiu a ficha. Fiz confusão! Na verdade, odeio selos. Engraçado, não?
Ela responde, meio sem entender muito bem:
- Bom... Mas ainda temos em comum os pesadelos crônicos com gelatina de abacaxi, não é verdade!?
Ele, tentando sair pela tangente:
- Gelatina de abacaxi!? Bom... Tinha certeza que você havia dito pavê de maracujá... Confundi mesmo. Foi mal. É que os dois são amarelinhos, né...
Ela, então, ainda releva:
- Bom, tudo bem... Mas acho que isso não importa tanto no final das contas, não é mesmo?
Ele, já dando uns passos pra trás:
- Como assim, não importa!? Claro que importa! Pensando melhor, acho que não temos nada a ver um com o outro. De repente, podemos ser só amigos... Mas não amigos coloridos, né... Afinal, não temos nada em comum mesmo...
Ela, já conformada, rebate:
- Bom... Já que prefere assim, tudo bem. Sem problemas. Mas você não ficou chateado com a minha pergunta, ficou?
Ele, um pouco transtornado, solta essa:
- Claro que não!! E, aliás, caso alguém perguntar, ele é enorme. Mal cabe na cueca. Tive até que mandar trazer umas cuecas importadas. Vieram lá da Nigéria. Você sabe que por lá o pessoal não é fraco, né... Às vezes ele me atrapalha um pouco, mas eu convivo bem com isso. A gente acaba acostumando, sabe...
Ela tenta de novo:
- Ah... Legal! E que tal se...
Ele, interrompendo-a no meio da frase:
- Putz... Meu amigo ta me chamando ali no bar. Acho que ele bebeu demais e não ta legal. Melhor eu ir lá ver.
Ela, sem muita opção:
- Ah... Tudo bem. Vai lá, então...
Ele, já saindo pela direita:
- Então ta. Prazer em te conhecer, viu! Tchau, e até mais! A gente se cruza!
Depois do terrível diálogo com a moça, ele sai andando cabisbaixo em direção ao bar, mas ainda esboça um sorriso quando encontra seu amigo no balcão, e solta:
- Cara... Mais uma regulando mixaria... Essas mulheres de hoje estão muito recatadas, cara... Cadê aquela promiscuidade saudável de outros tempos!?? Foda, meu!
Eis que o amigo responde:
- Que merda, cara... Tinha certeza que essa você furava facinho... Mas a vida é assim mesmo. Dá nada. Parte pra outra!
E ele:
- Cara, mudando de assunto, lembra aquele e-mail que você comentou agora pouco, sobre a tal bombinha sueca, com motor de dois tempos, compressor turbo e três níveis de sucção, pro esquema de alongamento peniano?
O amigo responde, já com um sorrisão na cara:
- Sei sim! Hilário aquilo, cara... Que tipo de gente compraria um troço daqueles?? Bizarro!!
E ele arremata:
- Bom... É que eu queria sacanear um amigo... Encaminha o e-mail pra mim...?

Talvez eu tenha exagerado um pouco, mas minha mente, ao contrário de algumas outras partes, é assim mesmo: exagerada.
No mais, vou me virando com o que tenho. Não é lá tudo aquilo, mas já me quebrou algum galho... E também, agora já me afeiçoei a ele.
Na verdade, não quero nem mais falar sobre isso. Fico por aqui. Chega.
E se por acaso alguém tiver recebido o e-mail com informações sobre a tal bombinha sueca, por favor, me encaminhe.
É que eu quero sacanear um amigo, sabe...

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7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Cara!!!

Primeiro, já tinha passado aqui antes e gostei muito de tudo que li, por isso, é uma honra ter um post teu dentro dos comentários do meu blog. Segundo, ficou hilária essa história toda que você montou. Terceiro, toda regra tem exceção né... porque meu amigo, mulher quando se apaixona meeesmo pelo cara, o maluco pode ter um micropintinho que a coisa vai rolar da mesma forma e com muita satisfação...

Beijos, e te linkei lá!!!

5:03 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ri horrores, babe. Figura mesmo você. Fazendo falta nos comments da Srta. se quer saber.
Agora tamanho conta. Mas não tem jeito, tem que abrir a embalagem para ver o tamanho do brinde. Perguntar não rola.
E sim, um pequeno brincalhão pode valer mais que um bobo grandão. Mas os medianos e com largura razoável, definitivamente são mais guapos que os saleiros e os shitakes.

Bezzos, caríssimo!

(Fiz um post chamado pingue-pongue com a Srta. Rosa meses atrás tratando justo desse assunto. A vantagem é que gosto não é uma coisa universal. Rs.)

12:01 PM  
Anonymous Anônimo said...

Como amiga.. O que posso dizer? Pode não ser um John Holmes.. mas cumpriu sua função social, não é? hahaha
No mais.. quer um abraço? Quer conversar com minha samambaia? Quer uma garrafa de bacardi maçã?
Beijos, querido...

1:55 PM  
Anonymous Anônimo said...

kkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkk
rolando de rir aqui ...rs, vc é ótimo escrevendo cousas do cotidiano.
:D

qto a essa estória eu tenho a dizer o seguinte: cada pé deve ter o sapato do número que merece ... conforto e satisfação é tudo, rs!
_____

agora qto ao link, lá tb lhe coloquei na seção de honra: "amigos da baiana" ... depois olhe. E muito obrigado por colocar o *idéias* entre os seus indicados.
;-)
_____________

outra coisa, esta estória de Filatelia, tamanho das coisas... me lembrou um conto daquele blog, sabe?
esse aqui (rs):
http://eroticidades.wordpress.com/2008/02/26/filatelia/

bem, chega de escreve, isso já virou uma carta,
bye!
=P

8:47 AM  
Blogger RodrigoGMS said...

Primeiro, gostaria de dizer que o tamanho do meu é satisfatório... só estou aqui para defender um amigo :)
Nunca acreditei nesse lance que tamanho não é documento... Em geral sempre pensei em rodinhas de mulheres sacaneando um ex-pegas pelo risível tamanho de seu amiguinho... e sabe como as mulheres podem ser cruéis não é mesmo. No dia seguinte, quando o pobre infeliz despossuído aparece novamente entre as pequenas, é notável os risinhos de canto de boca e os comentários à boca pequena por suas costas.
Mas enfim, só entrei para rasgar seda pro Castor mais uma vez... e também para pedir pra incluir meu e-mail no encaminhamento da bombinha sueca... mas é pro meu amigo viu gente... não me entendam mal.
Abraço!

11:18 AM  
Blogger Conflitante said...

Então, tou afim de sacanear um amigo, dá para você me fazer a gentileza de...
Hehehe.
Honrado em ser linkado, grande Moicano.
Até mais ver!

(não comentei muito por já ter lido o artigo antes, gosto de falar bastante sobre o que acabei de ler)

Só uma coisa - sempre tem - eu estou bolando uma estória comprida, de um homem, desde o assassinato da sua mãe que ele presencia quando criança, e indo cronologicamente para frente, e pensei em publicar aleatoriamente as partes (deve fechar em umas dez), você acha que fica bom aleatoriamente ou melhor publicar cronologicamente mesmo?

11:20 PM  
Blogger Unknown said...

Muito boa a história, mas nsão gosto muito de entrar nesse tipo de "discussão" porque como em outros assuntos sempre acho que rola muita hipocrisia, tanto das parte dos homens mas muito mais das mulheres. Sintetizando pra mim é como uma mulher que vc não considera gostosa, mas vc come porque está ali, pode ou não ser bom, mas se ela fosse gostosa, teria mais chances de ser, entende?

Eu estou bêbada demais para escreverr.

No e-mail eu tento explicar melhor =]

Beijundas ^^

9:30 PM  

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