terça-feira, fevereiro 08, 2011

PRAEPUTIUM - EDIÇÃO II

Em homenagem aos de pouca fé, que duvidaram.
Saindo do forno, indo pra impressora.

Prepúcio - Edição II - BAIXE AQUI (via MEGAUPLOAD, apenas 315kb)

Saudações editoriais!

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quinta-feira, janeiro 27, 2011

PRAEPUTIUM (VULGO PREPÚCIO)

Enfim, criamos um jornal!
Já distribuimos pelos bares da capital plúmbea umas 4500 cópias da primeira edição, e estou fechando a segunda...
Baixe aqui a primeira: http://www.easy-share.com/1913686416/edição um final.pdf
Espero que meu fígado aguente o ritmo frenético de distribuição.

Saudações!

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quinta-feira, dezembro 16, 2010

MODA E TENDÊNCIAS FASHION

Moda, S.f. Uso passageiro que regula, de acordo com o gosto do momento, a forma de viver, de se vestir, etc.

A moda é uma coisa peculiar. Tratando-se de roupas e adornos adjacentes, resumidamente diria que a coisa toda é sobre pagar mais caro para se vestir da forma mais próxima possível aos demais, que provavelmente farão o mesmo, tornando os níveis de normalidade do mundo toleráveis. Afinal, caso não existisse tal fenômeno massivo de obediência-fashion, as pessoas poderiam vestir-se como bem entendessem, causando uma epidemia de individualidade consciente, o que provavelmente resultaria num aumento brutal da entropia no universo.

A partir daí tudo poderia acontecer, mas provavelmente o ar se envenenaria, e todos morreriam de forma miserável. Enfim, pode-se concluir assim, de forma totalmente racional, que a indústria da moda é essencial para a sobrevivência humana.

Porém, muito se engana o cidadão que imagina que os limites da moda são as questões de vestuário. A moda vai muito mais longe que isso, e se supera a cada minuto.

Em questões desportivas, percebo agora que a moda na capital cinza é correr. Se soubesse de quem ou do que todos estão correndo, quem sabe se também não aderia a essa tal moda... Mas por enquanto vou evitar, já que a dinâmica da corrida iria invariavelmente acabar derrubando parte da minha cerveja, fato inadmissível dentro de minhas concepções de fé.

A propósito, a moda também trabalha no ramo da fé, e aparentemente a nova tendência fashion popular é o neo-pentecostalismo, seja lá o que isso queira dizer exatamente. De qualquer forma, é notório que os empreendimentos dessa natureza crescem de forma vertiginosa: Trata-se de investimento com payback garantido, perdendo apenas, em termos de arrecadação, para os bancos, os cargos políticos, o tráfico de drogas e a prostituição. Nessa ordem.

Vemos cada vez mais as religiões antigas perdendo boa parte do seu marketshare, provavelmente pela dificuldade de adaptação aos tempos modernos. Até mesmo agnósticos e ateus vão ganhando espaço, e alguns analistas já dizem que o agnosticismo e os tons pastéis serão a nova tendência fashion no outono de 2011.

De qualquer forma, diria que esta nada mais é do que a simples e certeira ordem natural das coisas, posta a improbabilidade de, por exemplo, o Papa abrir uma conta no Twitter e começar a usar calças assustadoramente coloridas e apertadas. Ao menos as camisinhas ele já está começando a liberar. Tudo bem... Fora isso ainda sobra um ou outro dogma, mas nada que não desapareça dentro dos próximos mil anos. Por acaso alguém está com pressa?

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terça-feira, setembro 21, 2010

Poema de quase-amor

Sempre que as vejo por aí, minha alma se inquieta.

Quero poder tocá-las, senti-las, profaná-las enfim.

Se me distraio com elas, facilmente me torno poeta,

Fico a rir à toa, num gozo sincero, intenso e sem fim.


Loura devassa, morena salutar, ruiva despudorada,

Todas devem ser apreciadas, como há de se convir.

Só a pressa, velha inimiga do ato, deve ser evitada,

Antes que as bocas se toquem e tudo venha a fluir.


Uma ocasião tão imprescindível, trivial e universal,

Não poderia ter dia, hora ou minuto de encerramento.

E mesmo que, cedo ou tarde, tudo chegue ao final,

Enquanto dure, que seja eterno este nobre momento.


Há por aí quem eleja umas poucas como preferidas,

E até mesmo, iludidos pelo charme fingido, vendido,

Alguns, entre tantas avulsas, têm uma só escolhida:

Sob juras de amor, são para sempre comprometidos.


Já não sei mais se por egoísmo ou se por pura poesia,

Evito, sempre que posso, ter que compará-las entre si.

Pois se todas têm seus encantos, não há hierarquia,

E o sincero desejo é tê-las todas, as de longe ou daqui.


Mesmo quando, por tantos os motivos neste mundo,

Faz-se necessário terminar com a companheira atual,

Comigo não carrego qualquer ressentimento profundo,

Pois mesmo se breve, diverti-me com todas elas, afinal.


E nesse nosso mundo tão moderno, onde tudo é reciclado,

Aquela que vai hoje volta amanhã ou depois, já renovada.

Pra você, pra alguém longe, ou pra esse amigo ao seu lado,

Saborosa e cheirosa, pronta para ser novamente provada.


Há algumas pra poucos, e bem sei que talvez não as tenha,

Mas agradeço às que tive e peço que alguma comigo esteja,

Pois as quero muito, e espero que delas nunca me abstenha.

Eu preciso você sempre comigo, minha boa e velha cerveja!

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quinta-feira, setembro 02, 2010

Zé, o porteiro perdulário.

Hoje recebi o e-mail abaixo, em tom indignado. Autor não identificado. Obviamente o texto era mais colorido e chamativo, com caracteres estratosféricos e tudo mais. Porém, dado o teor literário do mesmo, usei uma formatação um pouco mais condizente para publicá-lo por estas bandas:

ZELADOR QUE PEDIU PARA SER DEMITIDO
Interessante e verídico!!
O zelador de 1 prédio em Natal/RN , pediu à administração do condomínio onde trabalhava que o demitissem.
Contou o motivo; tem dois cunhados desempregados, lá mesmo em Natal, e que, por conta da Bolsa Escola, Cartão Cidadão, Cartão Alimentação, Vale Gás, Transporte Gratuito, Vale-Refeição (acreditem - Vale-refeição) e demais benefícios do nosso governo, dadas a título de esmola, vivem melhor que ele.
Aí paramos e fomos fazer umas continhas:
1. Bolsa escola - R$ 175 para cada filho que freqüente as aulas (2 filhos) ..... = R$ 350,00 (em dinheiro)
2. Cartão cidadão (cujo intuito é restituir a cidadania) ................................ = R$ 350,00 (em dinheiro)
3. Vale gás (um por mês) ........................................................................... = R$ 70,00
4. Transporte (calculamos 4 passagens diárias, que é uma boa média) R$8,00/dia x 20 dias . = R$ 160,00
5. Vale refeição (um por dia) R$ 3,50/dia x 30 dias x 4 pessoas (ele a Esposa e os dois filhos) = R$ 420,00
Total em dinheiro ..................................................................... = R$ 700,00
Total em serviços ................................................................... = R$ 650,00
Total mensal ........................................................................... = R$ 1.350,00
Meu Deus!!!! Quanto VC ganha por mês TRABALHANDO????
Obs.1 : O salário do zelador acrescido de horas extras e tudo mais girava em torno de R$ 830,00/mês.
Obs.2: Tudo isso é o estabelecido pela *LEI No 10.836, de 09 DE JANEIRO DE 2004*.
Duvida (?????) , então consulte:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.836.htm
Como o zelador tem três filhos em idade escolar, para ele é vantajoso ficar desempregado e ter esses benefícios. Seu 'salário desemprego' irá girar em torno de R $ 1.525,00, quase o dobro do que ganha trabalhando.
Como diria o Boris Casoy (expurgado da TV por se opor ao Lula, agora na TV BANDEIRANTES): 'ISTO É UMA VERGONHA!'.
Sabe quem paga por isso?
'NÓS', os 'OTÁRIOS'
Distribuir a renda, correto, mas isso é ESMOLA em exagero e o pior com o nosso suor.
Porque você acha que o Nordeste em peso votou no Lula?
PORTANTO MEUS AMIGOS; "Trabalhem duro porque milhões de pessoas que vivem do Fome-Zero e do Bolsa-Família, sem trabalhar, dependem de você."
AHHH! E agora também vai ter a Bolsa- Celular e a Bolsa Cultura
( R$ 50,00 por mês para irem ao cinema!!!!)!!!!!
REPASSEM URGENTE ANTES DE 2010, AINDA HÁ TEMPO, PARA CORTAR O MAL....



Imaginemos que o porteiro dessa história chame-se Zé, e que realmente tenha desistido do excelente emprego na guarita do edifício para uma vida de prazeres mil, tudo bancado pelo sórdido governo brasileiro.
Imaginemos também que Zé, este afortunado, não tenha muitas propriedades nem seja dono de grande capital investido. Sei que é complicado imaginar um zelador sem ações da bolsa de valores, mas se esforce um pouco, use a imaginação.
Zé, como todo bom protegido do governo, mora num palacete de madeira, com dois quartos, um banheiro e uma sala-cozinha, bossa nova no ramo da arquitetura, coisa chique.
Fica na melhor região do “Dutch Garden” (vulgo Jardim Holandês, ), na região metropolitana da bela capital paranaense, com vista para a Serra do Mar.
Zé, este marajá, paga R$ 300 ao mês, incluindo IPTU, para desfrutar os privilégios de morar nesta região nobre, que herdou vários costumes da cultura holandesa, como, por exemplo, digamos... Bem... A política interna em relação às drogas.
Zé, este perdulário, também não economiza com aventuras gastronômicas! Além de usar os absurdos 4 “vale-refeição” diários para empanturrar sua família na hora do almoço, ainda tem a audácia de gastar, em média, cerca de 3,50 reais (baseia seu consumo nos absurdos valores do próprio “vale-refeição”, este safado-sem-noção!) por pessoa para uma segunda refeição ao anoitecer! Esta família de gastadores inveterados chama este costume, tão incomum, de “jantar”.
Zé, este fanfarrão, não satisfeito com essa verdadeira orgia gastronômica, pasmem, gasta mais 1,75 reais por pessoa em uma refeição mais leve, coisa elegante, ao despertar de seu sono tranqüilo em berço esplêndido.
No total, esta família de esbanjadores gasta, portanto, 630 reais ao mês (3,50+1,75 x 4 pessoas x 30 dias) com comida! Não seria de se espantar se no rol das finas iguarias estivessem listados itens com leite, pão, achocolatados, doces de abóbora para as crianças, frango, ou até mesmo os mais suculentos cortes de cochão mole.
Zé, este verdadeiro câncer da nação, também não haveria de poupar os escassos recursos hídricos do planeta! Gasta cerca de 30 reais ao mês no suprimento de água do seu palácio, provavelmente ornado com as mais belas fontes e chafarizes.
Com a energia elétrica obviamente não seria diferente: Zé, este burguês aproveitador, gasta 40 reais ao mês em toda sorte de aparelhos elétricos, dos quais podemos citar lâmpadas incandescentes, uma televisão de 21 polegadas, um liquidificador, e até mesmo um chuveiro elétrico, para passar, tal qual um califa, incólume pelo ameno inverno curitibano.
Zé, este imoral, gasta, portanto, de forma vergonhosa, cerca de 1000 reais ao mês com muito luxo e ostentação, dos quais 700 são, de forma inescrupulosa e injustificável, bancados pelos "bolsa escola" e "cartão cidadão", que por certo deveriam chamar-se "bolsa marajá".
E é exatamente por isso que Zé, este facínora, inebriado com sua rotina perdulária, numa ambição cega com o objetivo de entrar no glamoroso mundo da construção, obriga sua pobre esposa a trabalhar como diarista e ele mesmo, workaholic com sede capitalista, trabalha agora como servente de pedreiro, para, quem sabe, um dia também construir sua própria meia água, nos fundos do terreno da sua sogra, uma grande latifundiária do bairro do Tatuquara, região sul de Curitiba.
E, como a sede por dinheiro, poder e ostentação não tem limites, Zé ainda avisa: Até 2015 pretende adquirir um bólido esportivo italiano vermelho: um Fiat 147 ano 82 que o latoeiro do bairro está consertando.
Carlos Slim que se cuide.

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segunda-feira, agosto 16, 2010

A água potável e a merda

Dia desses, ao zanzar os ouvidos pelas rádios da capital paranaense, escutei a seguinte frase, em tom profético-inquisitório:
“ Se todos os habitantes de São Paulo fechassem a torneira ao escovarem os dentes, todo dia seria economizada água equivalente à que cai nas cataratas do Iguaçu por 9 minutos.”
É realmente uma informação impressionante. Quase tão impressionante quanto impertinente. Afinal, convenhamos: Quando todos os habitantes de São Paulo fecharem a torneira toda vez que escovam os dentes, provavelmente também veremos toda a sorte de sinais apocalípticos, como bestas de sete cabeças emergindo do rio Tietê e devorando motoboys, ou então milhares de ambulantes vendendo guarda-chuvas de amianto (próprios para chuva de enxofre, por delão) nos congestionamentos da marginal.
Eu poderia até, a título de exemplo, dizer sem medo de não mais ser aprovado no teste da farinha: Quando todos os habitantes de São Paulo fecharem a torneira toda vez que escovam os dentes, eu viro travesti.
Afinal, num grupo de vinte milhões de pessoas certamente haveria alguns bons exemplares do cidadão que, com a torneira e o chuveiro abertos enquanto escova os dentes, mandaria os demais enfiarem o altruísmo em locais não muito adequados para um sentimento tão nobre.
Gostaria, por mera curiosidade, de saber a colaboração do desperdício de água durante a escovação de dentes frente ao uso de água em atividades agrícolas ou industriais, afinal, a comparação com minutos de água passando nas cataratas do Iguaçu não me diz muita coisa.
Se o problema é diminuir o desperdício de água potável, diria que a ordem natural das coisas nos obriga a atacar antes os maiores ofensores, e não fatores de ordem aleatória. Ignorar todo e qualquer método me soa algo como, por exemplo, inibir o consumo de feijão branco e chucrute para atenuar a liberação de metano na atmosfera: Uma idéia plausível, mas tremendamente imbecil.
Quanto ao problema da água, especificamente, diria que há muito que fazer antes de incomodar o cidadão médio durante sua higiene bucal. Aliás, não raramente me flagro pensando no que responder ao jovem Otto (minha prole), quando este tiver sagacidade suficiente para perguntar:
- Velho, me diga uma coisa: se a água potável é um recurso natural tão escasso assim, porque a jogamos, em grande quantidade e todo dia, na nossa merda?
E é por isso que perguntas como “Pai, como foi que eu nasci?” ou “Pai, o que é sexo?” me parecem cada vez mais tranqüilas de serem respondidas.
Aos que também jogam água tratada todos os dias em cima do coco, deixo um consolo: Vocês não estão sozinhos.
Aos que não jogam água tratada todos os dias em cima do coco, deixo meus sinceros parabéns, ou então, mais provavelmente, uma dica: Comam mais fibra.

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sexta-feira, maio 07, 2010

PAZ

Sou da paz.
Se caso houvesse um PP, e se caso este fosse o “Partido Pacífico”, provavelmente seria um membro da divisão ortodoxa.
Se caso houvesse uma escala de subjetividade para palavras, suponho que “paz” estaria perto da nata da categoria. Suas definições vão de lerdice à tranqüilidade pública.
Se caso houvesse uma comissão para definir uma unidade de grandeza para “paz” e caso eu fosse chamado para participar da mesma, não teria a menor idéia de como criar uma equação para defini-la matematicamente, mas suponho que o nome da unidade seria “Ghandi”, ou então “Marley”. Em época de copa do mundo, de repente até “Mandela”...
Enfim, mesmo já abusando do “caso houvesse”, caso houvesse uma unidade qualquer de grandeza para “paz”, garanto que seria amplamente utilizada por corretores de seguro. Diálogos como este não seriam raros:
- Boa tarde, estou saindo de férias, e gostaria de contratar um seguro para minha casa de campo.
- Boa tarde... Bem, o senhor está saindo de férias e precisa de um seguro para furtos e acidentes em residência, certo? Veja bem, meu senhor... Sabe-se que durante o período de férias o cidadão mediano sofre um aumento médio de dezenove Mandelas na escala de paz. Isso nos leva a conclusão de que a probabilidade do senhor esquecer a porta aberta aumentará cerca de 19%! A probabilidade de se esquecer o forno ligado, então, é substancialmente maior! A propósito, o senhor é casado?
- Não...
- Muito pior! O senhor terá uma probabilidade de se divertir cerca de 37% superior ao cidadão mediano! O senhor tem idéia do risco que se corre no ato de se divertir? Receio que o custo de um seguro deste tipo seja inviável.
- Certo, então o senhor está me dizendo que não vale a pena sair de férias?
- Depende. O senhor sabe jogar gamão?

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